Resenha - Pégalus: o velho, um boneco e um caçador

Como nasce uma pessoa? Não é segredo para ninguém os processos da natureza que resultam no nascimento de uma pessoa. Não há também quem desconheça os avanços da medicina capazes de agir onde a natureza não é capaz de garantir a perpetuação da espécie.

Já um personagem nasce na mente do autor. É ele quem descreve, dá forma, cria o novo ser, quase nunca à sua imagem e semelhança. Mas, e quando o personagem criado e formatado, não se conforma com a solidão a que está condenado e conclui que a única maneira de resolver isso é criando ele mesmo sua companhia?
capa do livro "Pégalus: o velho, um boneco e um caçador"

Aí, nesse caso, não há estratégias da natureza, nem as conquistas da ciência; muito menos o processo criativo do autor que, como já vimos optou por criá-lo como único personagem de seu enredo. O jeito então, é se aproveitar de algumas habilidades (o velho é carpinteiro, especialista em moldar a madeira) e sonhar. Isso mesmo!

E assim, surge, à moda de Gepeto, nosso personagem vai formatando companheiro, o boneco, o qual ele dá o nome de Pégalus. Daí em diante, o que se vê é uma sequência de aventuras, cercada de muita fantasia, onde nada é como em outros lugares.

Uma santa (ou seria uma fada), um pássaro que indica caminhos, um caçador e sua mulher estéril e um menino capaz de conviver pacificamente com os animais ferozes da floresta… Personagens surreais em um cenário surreal. E dá-lhe fantasia!

Assim é o livro “Pégalus: o velho, um boneco e um caçador”, do escritor pernambucano radicado em Goiânia, Walter Figueirôa Craveiro, lançado recentemente pela Editora Multifoco: garantia de umas boas horas de diversão e fantasia.

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