"A Nova Arte de Viver" de Norman Peale e a teoria da palavra


Nessa semana abri o armário e fiquei acariciando as lombadas dos livros mais antigos. É uma coisa que faço de vez em quando: “namorar” meus livros! Enquanto faço isso fico me lembrando do tempo em que sonhava com minha biblioteca particular. Eu era frequentadora assídua da biblioteca pública. E tomava emprestado livros de todos que se dispusessem a me emprestá-los. Mas, sonhava em ter meu acervo.

Cada vez que aprecio meus livros escolho um para reler. Dessa vez escolhi “A Nova Arte de Viver”, do pastor Norman Vincent Peale. É uma edição bem antiga, de 1971. Ganhei esse exemplar da minha amiga Tania Rangel. Li-o pela última vez há mais de dez anos.
Dr. Peale nasceu em 31 de maio de 1898 na cidade de  Bowersville, Ohio, EUA e faleceu em 24 de dezembro de 1993. Escreveu mais de 40 livros, todos na linha da autoajuda, com um forte viés religioso (era pastor). No entanto, pessoas de todas as crenças e até os ateus podem se beneficiar da leitura de suas obras.

Na introdução de “A Nova Arte de Viver”, Dr. Peale nos informa que escreveu seu primeiro livro em 1937. Sua primeira obra tinha, segundo ele, um título ambicioso: “A Arte de Viver”, e tratava de “preocupações básicas como medo, tensão, culpa, derrota” e sugeria soluções práticas para essas questões. O tempo passou, inúmeros outros livros foram escritos pelo autor. As necessidades humanas, no entanto, continuaram as mesmas.


Assim, ele decidiu atualizar o livro retirando algumas referências próprias da década de 1930, quando fora lançado. E a obra foi relançada na década de 1970, num ambiente mudado, mas, com pessoas com os mesmos dilemas de 40 anos antes. E foi um sucesso!
Agora, na segunda década do século XXI percebo que o livro continua atual. A ciência evolui, novas tecnologias surgem a todo momento. O modo de vida mudou radicalmente. Mas, os dilemas humanos continuam os mesmos: medo, incertezas, angústia, dentre outros. Talvez hoje exacerbados pela violência crescente.

Na página 42 está escrito:

(...) “A primeira coisa é praticar uma atitude de espírito: praticar porque não pode ser desenvolvida imediatamente. Exige longo e persistente cultivo. Adote a atitude de meditar em suas bênçãos em lugar de suas dificuldades, especialmente aquelas que não aconteceram, mas que você prevê com preocupação. Mesmo o homem que parece estar em um mar de dificuldades pode encontrar algumas coisas que agradecer”. (...)


Apenas esse trecho vale por um livro inteiro. Trata-se do tão propalado “mudar o foco”. Isso me faz lembrar um hábito que desenvolvi desde a adolescência. Diariamente eu digo em voz alta, (de preferência ao ar livre, mas, se não der, falo até no banheiro) uma ou mais frases que refletem um estado que almejo. Sempre em forma de agradecimento. Por exemplo:

“-Graças a Deus, tenho saúde e disposição para o trabalho! ” – Ou:

“-Graças a Deus, tenho o trabalho do qual gosto e ganho o suficiente para as minhas necessidades! ”

Às vezes, sou bem objetiva:
“-Graças a Deus, passei na prova tal...”. Isso quando estou a estudar para algum concurso ou certificação.

“-Graças a Deus comprei a cama da qual tanto precisava! ”

Acredito firmemente no poder da palavra. Assim, digo sempre que posso em voz alta, aquilo que desejo que me aconteça. Sempre na forma de agradecimento, evitando palavras negativas.

Escolho frases assertivas. O foco, por tanto, deixa de estar nos problemas (dificuldades) para estar nas soluções (bênçãos).


Há uma frase, cujo autor desconheço, que diz: Quando se deseja algo verdadeiramente, o universo inteiro conspira a nosso favor”. 

Deixe que o universo conheça seus desejos; diga-os em voz alta. 
E viva de acordo com seus desejos. Suas atitudes o levarão inevitavelmente para a realização de seus sonhos!

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