#AFelicidadeNãoEstáAVenda!
Quando
os historiadores escreverem a história de nosso tempo se referirão a esse como
o tempo da violência. Nunca a vida (o ou fim dela) foi tão banal. Essa é a
impressão que temos. Nós que nascemos nas décadas de 40, 50, 60 e 70 do século
XX e crescemos nas cidades pacatas do interior brasileiro.
(...)
De
2002 para cá a violência só aumentou. Nas escolas e nas ruas. Nas cidades
grandes e pequenas e até nas comunidades rurais. As instituições brasileiras
falharam na missão de educar as crianças e jovens, de garantir os direitos do
cidadão. Nesse tempo, o país experimentou crescimento econômico, redução da
pobreza e até a melhoria de alguns indicadores sociais.
Mas, a violência se espalhou numa velocidade
espantosa. Poderíamos fazer uma extensa lista dos motivos que levaram a isso.
Mas, um é fundamental: a inadequação da nossa legislação penal. Isso agravado
pela incapacidade das instâncias governamentais de aplicarem as leis
existentes. O resultado é que a impunidade impera e as pessoas se sentem
acuadas. Mesmo se cercando de mecanismos como sistemas de monitoramento nas
casas e em algumas ruas, grades, portões eletrônicos, alarmes não é possível se
sentir seguros mesmo no interior das residências. Muitas cidades pequenas
perderam aquela aura bucólica comum até bem pouco tempo. Vivem assoladas por
assaltos, explosões de caixas eletrônicos, tráfico de drogas.
O
efetivo policial quase sempre é insuficiente para enfrentar essa onda de
violência. Além disso, a facilidade de acesso e, consequentemente, de fuga e a
facilidade de comunicação trazida pelos celulares e sinal de internet deixaram
essas cidades muito vulneráveis.
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