O ônibus segue em velocidade moderada pela BR 135. Manhã de sol. À minha esquerda, uma parede de pés de eucalipto. Por trás dessa parede, um mar de pés de eucalipto. O controverso eucalipto. Quande eu era criança, e o tio Generoso tinha uma casa mais bonita do que a nossa, em cuja frente se estendia um extenso gramado, ele plantou dois pés de eucalipto na borda do tapete verde. Árvores de tronco liso, folhas estreitas e sempre verde, independente da estação do ano, cresceram numa velocidade bem acima da experimentada pelas árvores que conhecíamos até então. Aquelas duas árvores esticadas para o céu, de certo modo, distinguiam o meu tio dos demais. Por muito tempo, apenas ele possuía eucaliptos no jardim. Nunca me perguntei como aquelas árvores tinham chegado ali. E por não ter tido a curiosidade de saber, esse continua sendo um dos mistérios que acumulo para decifrar, talvez, algum dia. Os exemplares que serviam de distinção para o meu tio carregava consigo algumas polêmica...
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